Antes de falecer no ano de 1967, o cantor e compositor Diogo Mulero (Palmeira) escreveu seu último poema, chamado “Ouro Fino”. No mesmo dia em que escreveu, ele foi internado em um hospital de São Paulo (Capital) onde morreu aos 49 anos, em decorrência de um câncer.
Passaram-se cinco décadas e sua filha Cláudia Mulero resolveu entregar estes versos ao músico Cláudio Lacerda, para ele musicar e ao mesmo tempo fazer uma homenagem ao pai. A canção fala de sentimento de saudade da cidade de onde seu pai tinha uma propriedade rural, amigos e gostava de visitar semanalmente, mesmo morando distante daqui.
“Ouro Fino foi a última letra que Palmeira, o Diogo Mulero escreveu, no dia que veio a falecer em 1967. Uma honra pra mim poder musicar seus últimos versos, a pedido de sua filha Cláudia Mulero” – disse o cantor e compositor Cláudio Lacerda.
Diogo Mulero (o Palmeira), nasceu no município de Lençóis Paulista, interior do estado de São Paulo, em 1918 e faleceu em São Paulo no dia 29 de junho de 1967. Ele deixou vários sucessos que ficaram na memória popular: Carro de boi, Cavalo preto, Três boiadeiros, Couro de boi, Disco voador, Nova flor (Os homens não devem chorar) e o bolero sertanejo Boneca cobiçada.
O sucesso do “Menino da Porteira” mostrou-nos o que a cidade de Ouro Fino significa culturalmente para a música caipira raiz. Nela existe também a “Rua Diogo Mulero” localizado no Bairro da Cata, que homenageia um dos maiores compositores e cantores brasileiros, que cantou em dupla com Piraci, Luizinho e Biá.