O senador mineiro Carlos Viana (PODEMOS) esteve em Ouro Fino na última sexta-feira (27). Como autor do Projeto de Lei que concede a cidade o título de Capital Nacional da Política do Café Com Leite, ele foi convidado para participar da inauguração da Casa do Café Com Leite, imóvel adquirido pela Prefeitura de Ouro Fino e recentemente reformado, onde deve funcionar, entre outras coisas, uma escola de música e um museu virtual.
Em entrevista coletiva concedida a órgãos de imprensa da cidade, entre eles o Observatório de Ouro Fino, Carlos Viana falou sobre a ‘rota de capitais’ que ele pretende criar aqui na nossa região. Além do projeto que visa conceder o título de Capital Nacional do Café Com Leite a Ouro Fino ele também é autor do projeto que tem o objetivo de dar a Inconfidentes o título de Capital Nacional do Crochê e pretende presentar um que concederá a Borda da Mata o de Capital Nacional do Pijama. Na visão do senador, estes projetos, junto com o do deputado federal Reginaldo Lopes (PT/MG) que da a Monte Sião o título de Capital Nacional do Tricô, podem potencializar o turismo na região.
Crítica a Zema
Carlos Viana foi duro ao criticar o governador Romeu Zema quando falou sobre os problemas financeiros que Minas Gerais vem enfrentando. “Minas Gerais sempre teve a tradição do diálogo, mas infelizmente isso não está se repetindo com a atual governo” criticou Carlos Viana. Para ele a postura de Zema afasta grandes investimentos nacionais. O parlamentar disse se houver abertura do governo para o diálogo, ele e os demais senadores mineiros estarão disponíveis para auxiliar na busca de soluções.
Volta do protagonismo de Minas Gerais
Perguntado pela reportagem do Observatório de Ouro Fino se há a possibilidade de Minas recuperar o protagonismo semelhante ao que tinha na época da política do Café Com Leite, Carlos Viana respondeu que como senador, faz parte da Comissão de Orçamento e que sendo desta comissão pode atrair investimentos para Minas Gerais. Ele disse que antes da chegada dele a esta comissão o estado ficou anos sem receber investimentos.
Como um exemplo de como estes investimentos faltaram a Minas, ele cita o exemplo das estradas, que foram duplicadas em estados como Tocantins, Goiás e Pará, mas que em Minas “vai se cobrar pedágio em estrada cheia de buraco, uma decisão absurda, este programa do governo é um desastre” – mais uma vez o senador dirige críticas ao governo mineiro. Mas completa que “quando conseguirmos trazer os investimentos federais, através do orçamento, Minas pode recuperar o brilho que tinha, mas o que ouço é só vender estatais e penalizar os servidores”.
Paralelepípedos
A jornalista Luciana Leal perguntou ao senador sobre a divergência entre pavimentação de paralelepípedos e asfalto. Carlos Viana foi claro ao dizer que, embora a maioria da população prefira o asfaltamento, este tipo de medida provoca impermeabilização do solo, o que culmina em alagamentos. De acordo com ele é preciso discutir a cultura do asfalto.