Não houve acordo entre o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e o governo de Minas Gerais na reunião ocorrida na tarde desta segunda-feira(21), em Belo Horizonte. Por isso a greve dos professores da rede estadual deve continuar.
Segundo César Bonamichi, líder do movimento grevista em Ouro Fino, o objetivo agora é pressionar os deputados estaduais para que eles votem o piso salarial dos professores até o dia 2 de abril, que devido a legislação eleitoral é data limite para concessão de aumento ou reajuste salarial ao funcionalismo, embora haja entendimento que neste caso, como trata-se do cumprimento de uma lei (Lei 11.738 de 2008) e de uma portaria do governo federal promulgada em 04 de fevereiro de 2022, o prazo não o precise ser respeitado.
Nesta quarta-feira(23) cerca de 15 pessoas entre professores, serventuários da educação e um aluno sairão de Ouro Fino e se juntarão a um grupo do Sindi-UTE de Pouso Alegre com destino a Belo Horizonte. De acordo com a educadora Daniele Maria de Oliveira o objetivo desta viajem é “participar da votação e ver o que o sindicato propõe diante da negativa do governo. Depois, provavelmente, vamos caminhar em passeata caso se vote pela continuidade da greve. O principal objetivo é que a categoria participe de maneira ativa das decisões e que a insatisfação dos professores seja visível.”
O grupo pretende sair bem cedo de Ouro Fino já que devem partir de Pouso Alegre as 7h da manhã, para estarem em Belo Horizonte as 14h, quando participarão de uma Assembleia Geral do Sind-UTE. Conforme Daniele Oliveira a pauta central as medidas judiciais que poderão ser tomadas para que a categoria seja ouvida pelo Governo de Minas Gerais.