De acordo com o Jornal O Tempo, não há previsão para iniciar a vacinação da categoria dos professores no estado de Minas Gerais. O governo do Estado afirmou que segue as orientações do Ministério da Saúde. A promessa é imunizar os profissionais da educação em junho, após serem imunizadas as pessoas com comorbidades, com deficiência e em situação de rua, além da população privada de liberdade e dos trabalhadores dessas instituições.
Muitas críticas giram em torno da ordem de vacinação relacionada com a formação do indivíduo, no caso da saúde, por exemplo, podem ser vacinados professores de educação física, psicólogos, profissionais formados em biologia, que na maioria dos casos não estão na linha de frente. “Com isso, estamos caminhando há um ano e meio sem aulas, com famílias carentes sendo excluídas por não terem condição de corresponder com o ensino remoto. O filtro que está sendo usado está errado”, avalia o diretor-executivo do Instituto Questão de Ciência, Paulo Almeida.
Em Minas Gerais, a estimativa é que haja 185 mil servidores em atividades nas escolas na rede estadual, somente em Belo Horizonte são cerca de 53 mil professores, das redes pública e privada. Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, e Divinópolis, na região central de Minas já iniciaram a vacinação dos trabalhadores da educação.
“Autonomia para alterar têm, falta é vontade política. Se eles entendessem que a educação fosse de fato essencial, como eles dizem, eles valorizariam a vacinação desses profissionais”, pontua a presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro), Valéria Morato.