Reflexões – Marcos Castro | “Deixa ‘pra lá’ que o povo esquece”!

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Co-Working em Ouro Fino

Há alguns anos, por volta do ano 2000, trabalhei em estratégia de campanha política!

Larguei porque deu nojo!

                Importante retornar aos primórdios, pois é o que vale para mim!

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                Um dos primeiros a explicar o conceito de política foi o filósofo Aristóteles. No seu livro “Política” ele define que esta – a política – é um meio para alcançar a FELICIDADE dos cidadãos. Para isso, o governo deve ser JUSTO e as leis, devem visar o BEM COMUM para que, só assim, sejam cumpridas.

Ainda, segundo Aristóteles, a política é a ciência que tem por objetivo a FELICIDADE HUMANA e divide-se em ética (felicidade do homem na “pólis”- cidade), e na política propriamente dita (que se preocupa com o bem-estar de todos). A política situa-se no âmbito das ciências práticas, ou seja, as ciências que buscam CONHECIMENTO COMO MEIO PARA UMA AÇÃO EFETIVA EM PROL DE TODOS.

Infelizmente muito tempo passou (2.341 anos) desde o bom e sábio Aristóteles; e tudo foi TOTALMENTE DESVIRTUADO! VIROU “POLITICAGEM”, que é o extremo maléfico! Uma pena! Então, por isso, há 20 anos, larguei porque deu nojo!

Já no século IX o escritor Friedrich Engels ilustrara de modo esplêndido o que viria se tornar a política, quando escrevera: “um grama de ação vale mais do que uma tonelada de teoria”! Vamos entender o que Engels tentou nos ensinar…

                O que Engels chamou de “teoria” hoje está MUITO BEM RETRATADO, tanto do lado dos políticos (não todos) de todos os poderes, quando ditos “democráticos” (executivo, legislativo e judiciário), como de parte do povo (não todo): tudo se resume a hipocrisia e passividade! 

                Vamos aprofundar um pouquinho…

O que ele chamou de teoria, hoje se refere às INTERMINÁVEIS E INEFICIENTES REUNIÕES QUE SÓ FICAM NO “BLÁ, BLÁ, BLÁ” (isto do lado de boa parte dos políticos); e aos “rebeldes de araque” das redes sociais, que no conforto de “suas telas” esbravejam num dia, dormem e acordam na manhã seguinte, no mesmo conforto, sem empatia e sem memória (isto do lado de boa parte do povo)!

Desta amnésia patogênica se aproveitam aqueles que “lideram” um povo oprimido e passivo!  

Há uma antiga “máxima” na estratégia política que diz:

“Deixa ‘pra lá’ que o povo esquece”!

                Isto é A MAIS TRANSPARENTE, LÚCIDA E “INCONTESTE” VERDADE! VOU PROVAR!

                Vejam como é fácil perceber, logo de cara, só com alguns poucos exemplos dentre centenas: temos senador eleito que fora presidente descendo a rampa em “impeachment”; outra que tentou, mesmo inconstitucionalmente, candidatar-se ao Senado, também em “impeachment”, saiu pela garagem dos fundos do Planalto; inúmeros congressistas eleitos que, investigados ou já condenados, marcam ponto no Congresso e nas suas tornozeleiras eletrônicas (que as exibem, gozando da nossa cara); deputada já investigada e praticamente culpada por assassinato que está lá firme, forte e livre; prefeito eleito neste último pleito, mas já condenado judicialmente; e outros, ainda, que assumem seus cargos na cadeia, pois estão em regime semiaberto…

Tudo por conta da desgraça da imunidade parlamentar de um lado e da falta de memória do povo, que os reelege, de outro. Ah, se tudo isto fosse em um outro país…

Guardem o seguinte: estou escrevendo este artigo na manhã de 29.01.21 (sempre adianto) – sexta-feira, e deve ser publicado entre os dias 01.02.21 e 02.02.21!

Vou expor para vocês, agora, um neologismo (emprego de palavras novas, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mesma língua ou não) que me ocorreu nesta madrugada! Dizem que o povo brasileiro é pacífico!

EU DIGO QUE É “PASSIFICO” (meu neologismo)!

PACÍFICO E MUITO, MUITO PASSIVO! Passividade que beira o gosto pela opressão!

Aqui, pela “enésima” vez, oriento à leitura do livro “1984” de George Orwell!

                Replico aqui: guardem o seguinte: estou escrevendo este artigo na manhã de 29.01.21 (sempre adianto) – sexta-feira, e deve ser publicado entre os dias 01.02.21 e 02.02.21!    

                Agora vamos chegar mais perto da nossa realidade!

Nas últimas 72 horas antes da hora exata em que escrevo este artigo, nossa cidade “povoou” as redes sociais (chegando até outros estados e até outros países), entre outros de menor relevância, com dois assuntos que tiveram CENTENAS DE COMENTÁRIOS, MILHARES DE INTERAÇÕES, COMPARTILHAMENTOS (e olha que me refiro somente a atividades orgânicas nas redes sociais; ou seja, não pagas, não impulsionadas).

  • Assunto 1: o “post” provando a diferença de prescrição à COVID, EXPONDO duas receitas da mesma pessoa; sendo uma receita prescrita pela rede pública de saúde de Ouro Fino com o famoso “tome dipirona, volte para casa e retorne se piorar”; e a outra receita mostrando uma prescrição de tratamento precoce de profissional DA REDE PRIVADA – como tem sido prescrito para milhares ou milhões de pessoas pelo mundo (Aliás, a pessoa envolvida já está muito bem, após tomar os medicamentos prescritos PELA REDE PRIVADA, também sua família, E SEM INTERNAÇÃO). Este “post” alcançou outros estados, outras cidades (Campinas, Barão Geraldo, cidades do Sul do País, do Nordeste) e outros países.
  • Assunto 2: o “post” da fiscalização e autuação de um senhor que vendia goiabas num carrinho de mão, em frente a Caixa Econômica Federal, e foi impedido por não ter autorização para exercer esta atividade informal (Hoje, no Brasil, a atividade informal atinge mais de 40 milhões de pessoas).

Repito pela última vez: estou escrevendo este artigo na manhã de 29.01.21 (sempre adianto) – sexta-feira, e deve ser publicado entre os dias 01.02.21 e 02.02.21!           

Finalizando!

O povo brasileiro é “passifico” (pacífico + passivo demais), sem memória e… (Completem a frase como quiserem)!

“Deixa ‘pra lá’ que o povo esquece”!

Por Marcos Castro
Engenheiro; Especialista em Qualidade e Produtividade;
Mestre em OTH; Educador;
Escritor; Filósofo; Professor Universitário;
Educador; Palestrante; Psicanalista.
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