Ministério Público determina instauração de inquérito policial contra João Giordani, pré-candidato a vice-prefeito de Henrique Wolf

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João Giordani
João Giordani (Foto: Redes Sociais)
Co-Working em Ouro Fino

Na última quinta-feira (10), o Ministério Público concluiu que Bruno Zucareli não cometeu nenhum crime de improbidade administrativo enquanto esteve à frente do DMAAE. As denuncias, que levaram a abertura de uma CPI na Câmara dos Vereadores, eram de possíveis irregularidades, cometidas por Bruno Zucareli, com despesas em manutenção e reparo de veículos leves e pesados da frota do DMAAE, além disso, também foi apontado um possível desvio de dinheiro de licitações ligados à aquisições de tintas e materiais de construção.

Após colher depoimentos de pessoas ligadas a denúncia, ter em mãos documentos comprobatórios, o Ministério Público deu parecer favorável a Bruno Zucareli, inocentando o pré-candidato a prefeito de Ouro Fino das acusações. Além disso, a Promotoria de Justiça determinou a abertura de inquérito policial contra os denunciantes: João Giordani Neto, Donis Almeida do Couto e João Batista Messias.

João Giordani Neto é pré-candidato a vice-prefeito ao lado de Henrique Wolf. Agora, a Polícia Civil vai investigar um possível crime eleitoral, em tese praticado pelo médico. O mesmo poderá, se comprovado o crime, ser enquadrado no Art. 324 do Código Eleitoral, que prevê o seguinte:

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Art 324 do Código Eleitoral (Fonte: JusBrasil)

João Giordani Neto foi quem gravou sua conversa com João Batista Messias. No áudio, João Batista aponta inúmeras irregularidades de Bruno Zucareli à frente do DMAAE. No entanto, um dia após a divulgação deste áudio, João Batista foi até a Promotoria de Justiça e disse ter sido induzido a falar sobre os gastos de Zucareli. Ele também gravou um novo áudio negando tudo o que havia dito anteriormente.

Se condenado, João Giordani Neto poderá ser impugnado e impedido de disputar as eleições ao lado de Henrique Rossi Wolf. Abaixo, você lê na íntegra a conclusão do Ministério Público sobre a CPI do DMAAE:

“Por fim, considerando o teor descabido das afirmações do Sr. João Batista Messias, bem como a gravação da conversa pelo Sr. João Giordani Neto, aliado à divulgação do respectivo áudio; considerando, ainda, que a representação protocolada na Câmara Municipal pelo Sr. Donis Almeida do Couto é manifestamente desprovida de fundamento; considerando, por fim, que há indicios veementes de que tais acusações possuem a intenção velada de manipular a opinião dos eleitores no pleito eleitoral que se aproxima, já que as partes envolvidas expressadamente manifestaram pretensões políticas nas eleições municipais, determino a extração de cópia dos autos e remessa para a Delegacia de Polícia, a fim de apurar o eventual crime previsto 324 do Código Eleitoral, praticado em tese, pelos Srs. João Batista Messias e João Giordani Neto, bem como o crime previsto no artigo 326-A, do mesmo diploma legal, cometido, em tese, pelo Sr. Donis Almeida do Couto, sem prejuízo de reconhecimento de outras infrações penais, caso ainda não tenha sido instaurado o respectivo Inquérito Policial”.

Em vídeo publicado em seu perfil no Facebook, o pré-candidato Bruno Zucareli comenta a decisão do Ministério Público e manda recado aos adversários políticos:

"Assim como o ouvido distingue as palavras e o paladar saboreia os alimentos, também nós podemos discernir o que é justo e reconhecer o que é bom". JÓ 34:3-4

Posted by Bruno Zucareli on Friday, September 11, 2020

Entramos em contato com João Giordani e Donis Almeida que não se pronunciaram. Já o pré-candidato a prefeito Henrique Wolf, em resposta a nossa mensagem, disse que não vai comentar o assunto.

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