Beabá da Nutrição | Os 7 “Pecados” da Alimentação

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Os 7 pecados da nutrição.
Os 7 pecados da nutrição.
Co-Working em Ouro Fino

Além do pecado da gula, já conhecido por ser um vício relacionado ao desejo insaciável por comida e bebida, resolvi elencar neste post outros pecados relacionados à alimentação. Não entrando no mérito religioso da questão, listarei mais 6 “pecados” com base em 15 anos de prática clínica realizando recordatórios alimentares e analisando a alimentação de centenas de pessoas com distúrbios alimentares e obesidade.

2º pecado: Comer doces em excesso.

O fato de comer doce não se configura um “pecado” desde que realizado com certa parcimônia, ou seja, em pequenas quantidades e eventualmente. Caracteriza-se “pecado” quando o consumo se torna frequente e em quantidades abusivas. Por exemplo: consumir um bombom de 30g duas vezes por semana ou consumir 1 barra de 150g de chocolate quatro vezes por semana. No primeiro exemplo eu garanto que este consumo será inofensivo e pode até ser benéfico para a saúde dependendo do tipo de chocolate. Porém, no segundo exemplo, o aumento de peso é certo de ocorrer e sérias consequências para a saúde também.

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Os doces trazem consigo um teor de açúcar muito alto. Ao atingir a corrente sanguínea, este açúcar em excesso estimula a liberação de insulina que fará com que ele seja armazenado no nosso tecido adiposo em forma de gorduras. O acúmulo de gordura levará ao desenvolvimento da obesidade.

3º pecado: Trocar alimentos de verdade por alimentos industrializados.

A adição de sal ou açúcar, em geral em quantidades muito superiores às usadas em preparações culinárias, transforma o alimento processado em fonte de nutrientes cujo consumo excessivo está associado a doenças do coração, obesidade e outras doenças crônicas.

Alimentos ultraprocessados devem ser evitados – biscoitos recheados, salgadinhos “de pacote”, refrigerantes e macarrão “instantâneo” – pois são nutricionalmente desbalanceados, favorecem o consumo excessivo de calorias e tendem a afetar negativamente a cultura, a vida social e o ambiente.

O melhor é optar por água, leite e frutas no lugar de refrigerantes, bebidas lácteas e biscoitos recheados; não trocar a “comida feita na hora” (caldos, sopas, saladas, molhos, arroz e feijão, macarronada, refogados de legumes e verduras, farofas, tortas) por produtos que dispensam preparação culinária (“sopas de pacote”, “macarrão instantâneo”, pratos congelados prontos para aquecer, sanduíches, frios e embutidos, maioneses e molhos industrializados, misturas prontas para tortas) e preferir as sobremesas caseiras, dispensando as industrializadas.

4º pecado: Fazer dietas muito restritivas e dietas da moda.

Dietas muitos restritivas e dietas da moda que privam o organismo de nutrientes básicos para a realização de suas funções vitais, devem ser evitadas. Estas dietas promovem resultados rápidos, porém

são resultados que não são bem assimilados pelo nosso cérebro, que tem o papel de nos proteger. Ele pode entender esta restrição como uma ameaça à sobrevivência. O cérebro é o maestro do nosso corpo, é ele quem comanda tudo e, desta meneira, ele boicota a dieta fazendo com que o indivíduo sinta fome, muita fome. Daí o tão conhecido efeito sanfona.

A redução de peso deve ser gradual, tranquila, com mudança de hábitos alimentares e acima de tudo, saudável para ser efetiva.

5º pecado: Não tomar água.

A água é um nutriente essencial à vida. Nenhum outro nutriente tem tantas funções no organismo como a água, sendo a sua ingestão diária crucial para a saúde humana. Todos os sistemas e órgãos do corpo utilizam água. Ela desempenha papel fundamental na regulação de muitas funções vitais do organismo, incluindo a regulação da temperatura, participa do transporte de nutrientes e da eliminação de substâncias tóxicas ou não mais utilizadas pelo organismo, dos processos digestivo, respiratório, cardiovascular e renal.

O consumo deve ser de 8 a 10 copos de água por dia, em média, 2 litros de água, preferencialmente entre as refeições. Evitar tomar água 1h antes e 1h após as refeições porque prejudica o processo de digestão.

6º pecado: Não ingerir alimentos ricos em antioxidantes.

Este é um “pecado” muito grave e que pode prejudicar e predispor o organismo a diversos problemas, como o câncer, a aterosclerose, dentre outros. Os antioxidantes são substâncias capazes de blindar nosso organismo dos indesejáveis radicais livres causadores de danos à nossa saúde e podem ser encontrados em frutas, verduras e legumes diversos, castanhas, óleos vegetais.

As refeições devem ser bastante coloridas e variadas para garantir a presença dos diversos antioxidantes que atuarão como protetores prevenindo as agressões dos radicais livres.

7º pecado: Comer frituras com frequência e em excesso

O consumo de fritura uma vez por semana não caracteriza “pecado”alimentar e também não oferece danos à saúde. Portanto, o consumo regular, com frequência superior a três vezes por semana, pode ser prejudicial à saúde e trazer, como consequência, o aumento de peso e seus derivados.

As frituras são preparações com alta densidade calórica e contribuem para o desenvolvimento da obesidade. Uma forma prática de verificar se você está fazendo muita fritura em casa é acompanhar o quanto está se gastando de óleo. Segundo o Ministério da Saúde, uma família com quatro pessoas deve gastar 1L de óleo por mês para ser considerado um consumo razoável e não excessivo.

Substitua as frituras por preparações cozidas, grelhadas ou assadas. Procure não consumir, mas se consumir algum tipo de fritura restrinja a, no máximo, uma vez por semana.

Portanto, estes são os 7 “pecados” que você não deve cometer se quiser ter uma alimentação saudável com qualidade de vida. Pratique bons hábitos alimentares.

Tais Miranda Nutricionista

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